domingo, 14 de dezembro de 2008

dp

Jam Bom



Escorregadio tapete rosa do jambeiro

Em você moram lembranças

Em você posso desenhar navios

Em você posso escrever segredos

Com você posso sentir o fruto vermelho,

Propriamente quem descobriu essa tua propriedade medicinal?

De fazer com que meu amor se cure

E se apascente nesse verso

A dor da minha alma

Quem curará?

À dor de minh´alma no vermelho de tua cor

quero decorar você tapete de cór

decór de cores



Quero que sejais a decoração

do meu ventre criativo

Quero que durmais rosamente espalhado



Durmais



No tempo que chamo de presente

No templo presenteado-eternizado do meu ventre

Na minha inspiração sempre tão sincera



Olho pra você, ó árvore do tapete rosa

No teu jambo quero sempre mergulhar

Decifrar tuas propriedades ó criação de Deus

No conhecimento da minha mente vaga

Vagas de teus fios rosas já se misturam no fio de minhas memórias



Episódios acompanhastes

Na verde odisséia rosa que criaste





Neste mundo de criações

Só quem cria é poeta

Quem tem sede tem uma alma clara

E quer clarificar em palavras sem ti man tos



Sem ti,

Mantos rosas



Sento para contemplar

Santo para com Templar

Man Men Man Men Wo

Tudo e Nada numa árvore

que todo Dezembro

Espalha dez cores no chão

Desfazendo o que eu não consigo chamar de

R i m a



Ah! Esse tapete cor de rosa

Cor de jambo!

Cor de sonho!

Que gostaria eu saber de cór!

E descrever tal cor de tantos inconscientes.


Daniela Pessôa
Recife, 26 de dezembro de 2007
VERDADES E MENTIRAS DE FELLINI

Por CARLOS ALBERTO MATTOS
15/7/2008

Chegou há pouco às lojas e locadoras um DVD reunindo I Clowns, um dos filmes menos conhecidos de Fellini no Brasil, e um extra com status de título principal, o documentário Federico Fellini – Eu Sou um Grande Mentiroso. Ambos lidam com a questão da verdade e da mentira, cada um à sua maneira.

Em I Clowns (1971), Fellini recorre a um estratagema metalingüístico que já havia utilizado em Block-Notes di un Regista (1969) e usaria de novo em Roma (1972). O filme se desenrola durante uma filmagem – não de maneira ficcional e completamente controlada como em Oito e Meio, mas guardando um certo sabor de improviso e experimentação. Talvez seja esse o filme mais experimental de quantos Fellini realizou, seja pela adesão ao ritmo do circo, seja pela falta de preocupação com a tal história do princípio, meio e fim.

Para pesquisar, em Itália e França, sobre um suposto desaparecimento da inocência dos palhaços antigos, Fellini cria uma equipe fictícia, que emula os princípios clownescos. O cinegrafista é um abilolado, assim como a assistente e o soundman vesgo. A suposta repórter-narradora é uma trapalhona de carinha bonita e mãos cheias de papéis manuscritos. Sob o comando do próprio Fellini em cena, essa equipe do filme-dentro-do-filme interage com velhos palhaços, empresários de circo, além de prestar homenagens indiretas a Chaplin (sua filha Victoria aparece numa ponta) e à obra do próprio Fellini (Anita Ekberg associada às panteras).

O elo autobiográfico, explorado apenas no início do filme, vincula os palhaços à constelação de figuras pitorescas de uma província fascista que está na raiz da formação de Fellini. A mania da transgressão o fez amar todo tipo de contraste, especialmente o da alegria com a tristeza. Daí que essa pesquisa nostálgica vai inevitavelmente ao encontro da morte, transformada por sua veia jocosa em mais um motivo de riso. E o cinema (ou, no caso, a TV), visto assim nesse descompromisso com a seriedade, ganha ares de gostosa palhaçada.

A idéia do contraste (sinceridade/fraude, liberdade/constrição, medo/coragem) se espalha à vontade nos depoimentos reunidos pelo canadense Damian Pettigrew em Eu Sou um Grande Mentiroso. Fellini era excelente entrevistado porque pensava grande, sem se ater ao meramente episódico. Pettigrew arranca dele reflexões densas sobre o ato criador e até a confissão (mais explicitada por Terence Stamp) de que tomava ácido “controladamente”. Stamp conta histórias extraordinárias de quando filmou Histórias Extraordinárias, enquanto Donald Sutherland (Casanova) não mede palavras para dizer que Fellini, com os atores, era “um torturador, uma criança mimada”. Sutherland, aliás, faz ótima comparação de Fellini a Orson Welles. Segundo ele, ambos criaram uma mentira sobre si mesmos na qual todos acreditaram.

Além de ouvir colaboradores de Fellini e o escritor Italo Calvino, Pettigrew fez um trabalho fantástico de edição de trechos de filmes que ilustram em profundidade o pensamento do diretor. Com destaque, é claro, para Oito e Meio, este que considero o melhor filme do mundo. Imagens de Rimini e Roma, colhidas em 2002, criam belos diálogos com as locações de cenas antológicas de Fellini. De quebra, ficamos conhecendo parte de uma seqüência excluída da montagem de Casanova, em que o protagonista tem envolvimento amoroso com um homem.

Em resumo, um documento inestimável sobre o cinema em sua concepção mais exuberante e ao mesmo tempo mais pessoal.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Essência de vidro

Shakespeare fala numa essência de vidro que temos, seres humanos - humanas vidraçarias... Passamos, mas a força da vida é tão linda que nem parece que passamos. Sonhei que morria e a partir desse sonho minha atitude em relação a vida começou a mudar - eu-metamorfose. Me vi num caixão e tudo que se passou antes disso: o meu comportamento, as minhas cobranças. Não vale a pena se cobrar muit nessa vida não. Vale a pena amar, crescer. Me sinto feliz porque tive esse sonho e porque entendi a minha essencia de vidro, a minha e a sua. O vidro, o barro e o pó: DIAMANTES INCRUSTADOS EM NÓS. Atenção! O maoir pecado é não estar atento. Não tenha medo, se jogue nos braços de Deus, ame e respeite o próximo, leia a Bíblia, leia Eclesiastes ("tudo é vaidade"), humanize-se e construa um jardim no seu quadrado, e lembre-se invista em você, desenhe seu sol no papel do seu rosto. Isso pra quem é visceral né, como eu, como alguns poetas... Fernando Pessoa se disse ridículo, outro poeta arrumou a sua casa pra quando a hora chegar e então, a partir de você-vidro é possível ver e mudar o mundo.

"A glória a que aspiro é a de ter vivido tranqüilo [...] em sendo a filosofia incapaz de mostrar o caminho que conduz ao repouso da alma que a todos convém, que cada qual por seu lado o procure." - M. de Montaige - Ensaios

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

um pouco de psicologia

"Se o amor já é, por si, uma ameaça à nossa individualidade - por causa da tendencia que temos de nos "diluir" na pessoa amada - que dirá sua associação com o ciúme?(...) O ciúme ser considerado como forma de amor é ótimo para a pessoa mais egoísta.(...) Encobre a enorme fraqueza contida no desejo de dominação do outro. Como o tipo mais generoso também sente ciúme(...). Os generosos apegam-se muito à pessoa amada e têm muito medo da dor relacionada com esta perda. Os egoístas têm dependências de ordem prática valendo mais do que os apegos, de modo que também têm muito medo de ruptura, uma vez que elas poderão significar desproteção material, perda de posição social ou mesmo desamparo emocional" Uma nova visão do amor, Gikovate, p. 109

Gente, esse livro está parcialmente disponível na web http://books.google.com.br/books?id=X7l_zntnT5UC&pg=PA13&dq=a+arte+de+amar+fromm&as_brr=3&sig=ACfU3U2Uvp6UcWkaRMuIHvYQZXtvpdvNXA#PPA109,M1

RetrÔ

Recife, 22 de setembro de 2007.

Madrugada. Acabo de chegar de uma festa de casamento não convencional, foi o casamento de Janine Henriques que estava uma boneca alva, lindo casal tão élfico. Pareciam estar bem à vontade, de algodão, uma pureza romântica só... Karina chorou na cerimônia, que foi realizada primeiro por um juiz e depois pelo padre Kiko, ela disse que ali via amor verdadeiro.
Conheci um cara que sonha em morar em Paris, e revi uma moça que namora um gringo e ri muito com eles ao descobrir suas aventuras pela linguagem afora. Ela, porque no começo do namoro disse “give to me” e o namorado interpretou você sabe como... “ Give to me é a gíria, se você quer que lhe passem alguma coisa fale “give me this” e aponta para o objeto” disse ele.
Me diverti muito mesmo, peguei o buquê (!) esse foi o momento máximo – Karina falou: “ que Deus te dê um marido bem legal....”, além disso, dancei forró com Darton, conversei sobre o meio ambiente com uma jornalista. Reencontrei a mexicana de delicioso sotaque Pilar, troquei idéias sobre cinema com o cara que já paquei uma cadeira de cultura brasileira, é o mesmo que sonha em morar em Paris. Escutei boa música, do estilo cabeçudo até samba e Luiz Gonzaga. No final da festa o DJ colocou umas músicas adivinha... música “fim de festa”, simplesmente um Reginaldo Rossi. Mas nesse momento já estava me despedindo num clima onde as pessoas sabiam que quando me reencontrassem já irei estar sem esse barrigão, e que logo conhecerão Daniel. Então ouvi muitos votos de sorte, felicidade, e dei também meus votos de energia positiva para os noivos, mas isso foi na hora da cerimônia, no momento em que o padre pediu para que todos proferissem votos para o casal.
Karina veio me deixar aqui, pediu pra que eu anotasse o número dela para dar pra minha mãe a fim de ligar pra ela no momento da boa hora.
Agora o clima está ameno, respiro levemente, pesquiso sobre música na Internet e espero o presente que delicia do verbo VIVER me traz a cada dia. Espero descobertas, pesquiso para descobrir, vou me encantando com a energia masculina e a feminina que fazem o pêndulo girar em sentidos opostos, descubro também, além... 5 de dezembro é feriado municipal em NY. Janine está indo a lua de mel com seu amor em Noronha. VIVA!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Surrealismo!!

Gente, estive lendo sobre esse movimento hoje, "foi uma coisa de louco", porque todos pensam que se restringe meramente ao Dalí, mas o Surrealismo foi mais... Muito mais! Havia um engajamento com a experiencia do autoconhecimento como forma de ganhar o mundão, e transformá-lo. Lembrei dos ensinamentos de Cristo quando fala "de que vale ao homem ganhar o mundo e perder sua alma". O movimento não existe mais, mas vale ainda dizer: "Conhece-te a ti mesmo". E aí quem sabe, conhecerás tu leitor, a realidade verdadeira do teu mundo.

Blog de leituras da Paula, minha nova e antiga amiga

Compartilhar. Essa poderia ser a palavra de todos os dias. www.azulazulejo.blogspot.com/ , nesse blog Paula dedica um espaço às suas leituras. Té mais

terça-feira, 20 de maio de 2008

Documentário Terráqueos (Earthlings)

gente, que absurdo constitui o fato dos testes com animais, nós consumidores precisamos saber que tipo de produtos estamos consumindo. Há industrias de cosmetidos que ab e SURDAMENTE violam a vida dos animais! Esse documentario parece ser bem interessante.

domingo, 4 de maio de 2008

Célica

Piso firme no piso CHÃO
Telúrica Soul
Alma com cheiro de Terra Molhada
Pupila dilatada de manguezal

O mangue fica cheio, e eu retorno a ser pupila minha
E dele aprendiz
O mar dança com a translação do meu olhar
Grandes rotações
Os coqueiros ficam tão altos que meu braço se estica
Estado de graça é o meu lugar...

My relatives are the sun the air

Do Céu a areia massageia pé e cabeça
Preta de queimada da pirofagia quero o suco e a seiva
Preta de terra da lama do mangue quero o gosto
E das caravelas, as velas!

Pra eu poder navegar nas folhas úmidas
Verdes claras até escurecer
Telúrica Soul!!!


Meu tempo agora vai ser companheiro
Eu estou a flutuar dentro do ângulo de visão horizontal
(Saí da vertical)
E agora
Meu leito é de água
Minha vista é de firmamento
Firmamento primeiro manifestado em folhas submersas de céu
Milhares de folhas minúsculas em galhos de variadas dimensões e camadas

Agora a luminosidade do Mangue me penetra a face miúda e continuo flutuando
Agora a maciez da lama me invade a consciência através das palmilhas dos pés

Telúrica essência.
Amplidão.

(Daniela Pessôa)
Recife, 11 de fevereiro de 2008


Em breve lançarei essas e outras poesias!

Amor dos Corais: o encontro-corado

Sob o testemunho da lua
Nuvens esparsas de espermas liberadas s s
pelo coral vermelho s
Encontram ao sabor
das v a g a s v e r d e s s
s
s s s
s
s

os óvulos minúsculos. s s
fecundam-se-em-plânulas.

bebês livres vagueiam no oceano grandão
livreshhhhhh vagas
navegam com sede de proteção
e num novo recife encontram vaga.
esqueletos meticulosos cementam e crescem
apenas um centímetro ao ano
s
agora que adultos são
no balé das correntes s s marítimas
Novas
nuvens
esparsas
liberadas
são ...
s
s s s
s s s
...o fimcolanoinício do ciclo-mar-rítmico-amante-santo
s
os corais também amam.

(Daniela Pessôa)
Recife, 29 de julho de 2007.

Jambo-raio-rosado

Escorregadio tapete rosa do jambeiro.
Em você moram lembranças
Em você posso desenhar navios
Em você posso escrever segredos
Com você posso sentir o fruto vermelho,
Propriamente quem descobriu essa tua propriedade medicinal?
De fazer com que meu amor se cure
E se apascente nesse verso
A dor da minha alma
Quem curará?
À dor de minhalma no vermelho de tua cor
quero decorar você tapete de cór
decór
Quero que sejais a decoração do meu ventre criativo
Quero que durmais rosamente espalhado
Durmais
No tempo que chamo de presente
No tempo eternizado do meu ventre
Na minha inspiração sempre tão sincera

Olho pra você, ó árvore do tapete rosa
No teu jambo quero sempre merguhar
Decifrar tuas propriedades ó criação de Deus
No conhecimento da minha mente vaga
Vagas de teus fios rosas já se misturam no fio de minhas memórias
Episódios acompanhastes
Na verde odisséia rosa que criaste


Neste mundo de criações
Só quem cria é poeta
Quem tem sede tem uma alma clara
E quer clarificar em palavras sem ti man tos

Sem ti,
Mantos rosas

Sento para comtemplar
Santo para comtemplar
Man Men Man Men
Tudo e Nada numa árvore
que todo Dezembro
Espalha dez cores no chão
Desfazendo o que eu não consigo chamar de
R i m a

Ah! Esse tapete cor de rosa
Cor de jambo!
Cor de sonho!
Que gostaria eu saber de cór!
E descrever tal cor de tantos inconscientes.

(Daniela Pessôa)
Recife, 26 de dezembro de 2007

Cine PE

Adorei o curta "Até a vista alcança", delicado e forte, quero saber que praia era aquela... Belíssima! Fui na sexta ao CinePE, e no sabado fiquei em casa, vi Baixio da Bestas. Meu amigo Claudio Assis se garantiu nesse fime, mostrou até onde a bestialidade humana pode chegar, o filme é tão ácido demais que, infelizmente, o gosto ainda se faz sentir... Infelizmente porque quero esquecer que aquilo acontece realmente... "A mulher do machado ficou inchada e foi-se". Essa frase foi do curta "fabulário de um delirio curitibano".
Agora estou ouvindo "Lenda" da cantora Céu.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Monografia

Depois de ter mudado de tema uma vez decidi escrever sobre desentraves tributários para os emprendimentos sustentáveis! Como o barão de Itaré falou: "Não é triste mudar de idéias, triste é não ter idéias para mudar."
Caminhando vou ao primeiro capítulo... Aceito idéias e também ideais.