Piso firme no piso CHÃO
Telúrica Soul
Alma com cheiro de Terra Molhada
Pupila dilatada de manguezal
O mangue fica cheio, e eu retorno a ser pupila minha
E dele aprendiz
O mar dança com a translação do meu olhar
Grandes rotações
Os coqueiros ficam tão altos que meu braço se estica
Estado de graça é o meu lugar...
My relatives are the sun the air
Do Céu a areia massageia pé e cabeça
Preta de queimada da pirofagia quero o suco e a seiva
Preta de terra da lama do mangue quero o gosto
E das caravelas, as velas!
Pra eu poder navegar nas folhas úmidas
Verdes claras até escurecer
Telúrica Soul!!!
Meu tempo agora vai ser companheiro
Eu estou a flutuar dentro do ângulo de visão horizontal
(Saí da vertical)
E agora
Meu leito é de água
Minha vista é de firmamento
Firmamento primeiro manifestado em folhas submersas de céu
Milhares de folhas minúsculas em galhos de variadas dimensões e camadas
Agora a luminosidade do Mangue me penetra a face miúda e continuo flutuando
Agora a maciez da lama me invade a consciência através das palmilhas dos pés
Telúrica essência.
Amplidão.
(Daniela Pessôa)
Recife, 11 de fevereiro de 2008
Em breve lançarei essas e outras poesias!
Há 8 anos
2 comentários:
Daniii essa poesia me leva pro mar
ela é linda
te adoro mulher
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Vc me levou pro Mangue e aí essa poesia flutuou até os dias atuais e levou vc pro Mar. Que Célico.
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